NÃO SÃO MILAGRES, SÃO MENTIRAS
Não existem grandes países sem grandes empresários que saibam e queiram cuidar de seus negócios em uma Economia de competição, não de favores; e não apenas grandes em si, mas homens com a grandeza que caracteriza os grandes realizadores. As queixas devem ser profundamente analisadas, com muita calma e critério, com muita imparcialidade e brasilidade. Deve ficar muito claro que nenhum setor produtivo, classe ou indivíduo é dono da Economia. De repente, ninguém está, de fato, querendo realizar alguma coisa.
(Do blog)
Eleições. Está muito claro, provado pelo tempo, que os políticos sabem quase nada das necessidades do Brasil e de como atendê-las. A imensa maioria deles não tem a menor noção do que isso significa. Há muito estamos sendo travados, travamos de vez; nossa realidade atual transcende a própria Economia, não é questão de um espasmozinho aqui, outro ali, ou, mesmo, embora recenda a milagre, de alcançarmos neste 2018 um PIB em torno de 2%. E quanto à Economia, ela mesma, com as práticas atuais, ninguém vai resolver os seus problemas, ou do nosso histórico PIB ridículo para as condições ainda existentes de realiza-lo, das despesas absurdas para o seu tamanho, da Saúde, gravemente doente e a caminho do coma, da Educação, relevadas as exceções, que confirmam a regra, que continuará mal-educada, sem iniciativas, sem rumo, fácil de ludibriar e convencer de que punir indiscriminadamente é o caminho para a redenção. Incompetência, má-vontade, interesses e inverdades são a tônica. As portas do infernos foram abertas, de lá saem força, injustiças e maldades. E muito conluio. De quem quer ser rei ou amigo do rei.
Aquele não-político precisa urgentemente dizer a que veio ou a que virá; esboçam-se ressuscitamentos, já se está dando voz aos calados, nos últimos tempos mantidos na sombra. Previsível. Há gente poderosa querendo conservar o Brasil no passado, encabrestado. Dos quadros em movimento já se sabe o que virá; o combate à corrupção será a constante, como se os políticos veteranos, e mesmo os mais novos, que nunca tocaram no assunto, só agora tomassem conhecimento de sua existência orgânica. E será muito curioso ver o assunto elevado a prioridade nacional por este, esse e aquele. Nenhum dos que aí estão sabe ou quer enveredar pelo único caminho com possibilidades de arrumar o país e que não compreende programas de curto prazo.
Não há problemas na Previdência; o único problema existente é que ela deixou de ser usada para os seus fins naturais. Será necessária a união de todos para devolver o seu controle e administração aos verdadeiros donos, que não são os senhores da Administração Federal, mas os trabalhadores. Desinchar o Estado e privatizar passam por ela. Prioritariamente. Quem não o faz ou desestimula a medida tem medo da debacle total das contas federais. Todas as despesas e custos precisam ser revistos. Todos! É necessário enxugar o Congresso, dar-lhe a dimensão do nosso PIB, da nossa Economia, o mesmo devendo ser feito em todas as Casas Legislativas do país; é indispensável, após formulado um plano ‘B’ realista e factível, disciplinar os bancos e a Indústria. Os bancos não deixam os juros baixarem, a Indústria, no geral, não se adequa, não se arruma, em São Paulo a própria entidade classista está gritando, assustada, seu viés asfixiado. As empresas, altamente endividadas, não têm como pagar suas dívidas ou investir, o custo do dinheiro nos bancos em absoluta dicotomia com a posição do Banco Central, uma espécie de Maria Antonieta tropical. Preservadas suas cláusulas pétreas, que não podem ser tocadas, é preciso rever a Constituição Federal quanto aos privilégios que abriga, foros, competências, uma nova cláusula pétrea absolutamente necessária que vede terminantemente a modificação daquilo que o documento estabelece, salvo quando obedeça rigorosamente ao próprio comando constitucional do Estado de direito positivo que somos. Os advogados não se pretendem os salvadores do mundo, são os diuturnos combatentes do Estado de Direito, este sim, genuíno salvador do mundo, da civilização. É preciso, afinal, fazer tudo o que o Brasil, em seus mais recônditos rincões, está cansado de saber, mas a cujo respeito ninguém faz nada. Quem não sabe que o povo sabe, e quiser aprender, basta assistir no canal comercial, ou ver pelo link próprio, o ‘O Brasil que você quer’.
Em Economia não existe milagre, só se cria quem trabalha muito, com seriedade e competência; não é assunto para políticos, mas para quem é do ramo, tem experiência aqui e ali nos seus diversos segmentos. E não é tarefa, hoje, no Brasil, para um, apenas, tem de ser coisa de equipe, sem mandões ou oportunistas que a queiram usar para fins políticos, com um coordenador experiente, sério e sem ambições ou compromissos políticos. Os milagres na Economia não são milagres, são mentiras.
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