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MEUS COLÓQUIOS


Anteontem, segunda-feira, estive assistindo negros africanos que vivem na África, cultos e bem preparados, falando de questões a envolver sua gente, historicamente tratada como objeto, uma patologia branca estendida a alguns negros colaboracionistas que patrocinou e praticou a escravatura de negros em larga escala com fins puramente comerciais, uma abjeção, diferentemente da escravatura que se confunde com a própria história da humanidade, sem cor, sem credo. Escravizavam-se os inimigos capturados, os vencidos nas batalhas, tivessem eles a cor que tivessem, de olhos e de pele.

Amnésia. Em visão bastante acurada, decorreu da dicção, por um de seus participantes, que o mundo, o ocidente à frente, tem desconstruído, ignorado ou esquecido as práticas forjadoras do caráter do homem moderno, dele fazendo o que é hoje, abismos adiante de meras teorias sociológicas, todas as explicações oferecidas ou experimentadas passando ao largo das causas reais e históricas de sermos como somos.

Muito oportuno. Amnésia. Eleições à porta. Que não predomine o esquecimento. É inacreditável o pouco caso feito à nossa inteligência e à nossa memória. Na série de definições de candidaturas à presidência da República encerrada no último domingo, um dos agora candidatos, habitualmente comedido e reticente, disse, algo empolgado, logo após aclamado e até com certa veemência que o busílis é a Economia. Foi fácil prever. Mas, como perguntar não ofende, lá vai: Até outro dia ele estava lá, dava para plantar muita coisa boa, não dava para colher, no entanto dava para adubar, extirpar as ervas daninhas, proteger a plantinha, regá-la. Por que ele não o fez? E completando: Ele tem cacife? Republicano, digo, democrático, sem artimanhas, do Brasil para o Brasil? Se tem, por que não o usou quando estava lá?

Há assuntos de natureza rigorosamente pessoal a respeito dos quais, via-à-vis, não cabe opinar sem ser perguntado; se são de repercussão geral, entretanto, penso ser da obrigação de todos fornecer subsídios para a sua melhor compreensão. Refiro-me à discussão sobre o aborto, que ganhou dimensões verdadeiramente democráticas ao chegar às audiências públicas do Supremo Tribunal Federal.

Pessoalmente, a ideia do aborto não me seduz, em parte preponderante por razões e dúvidas científicas. Cito Steven Rose, nascido em Londres em 1938. Emérito professor de biologia na Open University e no Gresham College, estudou bioquímica no King’s College, em Cambridge, e neurobiologia em Cambridge e no Instituto de Psiquiatria do King’s College, em 1969, quando designado, foi o mais jovem professor pleno e titular de Departamento na Open University. Rose leciona que as alterações impostas pelas condições de desenvolvimento do indivíduo quando criança, ou as relações sociais a ele ou a ela imposta, se adultos, podem ser mais permanentes (Rose, O Cérebro Consciente, Alfa-Ômega, São Paulo, 1997, Tradução de Raul Fiker, supervisão técnica da tradução Sérgio Paulo Rigonatti, p. 40). (...). Aos 18 dias, com 1,5mm de comprimento, desponta no embrião o sulco neural, precursor do tubo neural, preparando-lhe a sensibilidade; ao chegar ao 25° dia, e com o comprimento de 05mm, o sulco neural transforma-se no tubo neural, apresentando os pontos distintos dos quais surgirão o cérebro frontal, o cérebro médio e o cérebro posterior. Estão criadas condições para o desenvolvimento do sistema nervoso central. Abaixo do cérebro, o tubo neurônico inicia o curso de transformação na medula espinhal. Com 13 mm de comprimento o embrião exibe alterações na conformação inicial do cérebro; surge o segmento que irá formar os hemisférios cerebrais, já visíveis em dois volumes, um de cada lado do tubo neurônico. Completado o terceiro mês, o embrião é um feto com hemisférios cerebrais perfeitamente identificáveis, tálamo e hipotálamo.

Criadas as condições para o desenvolvimento do sistema nervoso central e iniciando-se abaixo do cérebro a transformação do tubo neurônico na medula espinhal; já exibindo o embrião, com 13mm de comprimento, alterações na conformação inicial do cérebro, surgindo o segmento que formará os hemisférios cerebrais, já visíveis em dois volumes, um de cada lado do tubo neurônico, antes do terceiro mês de gravidez, estão presentes os sinais vitais que caracterizam a existência humana, já há no interior do corpo da mulher um “outro corpo”.

Evidentemente, cabe a cada ser humano per se, e somente a ele, decidir sobre o seu corpo; não lhe cabe, porém, o direito de decidir sobre o corpo, mesmo ainda em formação, de outros cujos sistemas nervosos centrais já estão presentes. Nesse caso já há dor e sofrimento.

Matar não é bom, mas há quem mate, fria, insensível, irresponsável e deliberadamente; por isso, em alguns casos, é necessária a intervenção do Estado.

Amnésia. Matar é mau, notadamente com dor e sofrimento. O que é feito das pílulas anticoncepcionais? Esqueceram delas?

Ou não?

Eu estou aproveitando o tempo que me vinha faltando para tocar um projeto iniciado e parado há quase um ano. Isso envolve, entre outras coisas, a procura, compra e testes de materiais, o que me leva a visitar os estabelecimentos que os comercializam; colho informações, busco mão de obra especializada, recolho cartões comerciais e deixo o meu próprio cartão.

Por mais de uma vez registrei aqui no blog a existência e ação de um grupo de pessoas que, parece, não tem outra coisa a fazer senão “cuidar” da minha vida; semeiam sorrateiramente a meu respeito, por onde ando, todas as barbaridades imagináveis. A coisa vem de tempos, quando comecei a escrever sobre política acentuou-se, de pouco menos de dois meses para cá exacerbou-se.

Assim como sempre fizeram, começaram à socapa, nessa minha nova iniciativa, o seu “trabalho”. Como não sei ainda quem é quem no ramo, sabe Deus o que surgirá. Faço este alerta às pessoas bem formadas; com as mal formadas não perco o meu tempo, são irrecuperáveis. Se for o caso, peçam prova válida e concludente do que disserem, mas provas de verdade, sem lero-lero e sem futricas. E como foram obtidas, isso é muito importante. Para efeito do contraditório e para fins de perícia independente em se tratando de provas documentais de qualquer natureza. Com os avanços tecnológicos hoje à disposição geral, qualquer cafajeste “prova”, para gáudio e deleite de quem os cerquem, o que melhor atender às suas patifarias, mormente para leigos, a olhos desarmados e que não estejam familiarizados com bandalheiras. Se lhes aprouver, e eu espero que sim, será um grande favor que me farão e um grande serviço à higidez social me informarem quem são e onde podem essas pessoas ser encontradas. A moral, a ética e em especial a Justiça têm grande interesse nelas, que estão por aí, mais próximas do que supõem as pessoas bem formadas a quem estou me dirigindo.

Por que e com que objetivo fazem isso? Por favor, perguntem a elas. E queiram informar-me. Acusações sem provas, sem contraditório, fora de contexto e só com nhe-nhe-nhens não são acusações, são futricas, coisa do mais rasteiro e baixo nível.

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