RISCO DE COLAPSO
Vozes de peso já manifestam impaciência ao dizer que não são aquilo que disseram não ser, os caminhoneiros colocaram o pé na porta; não deixarão que se feche e já mostraram do que são capazes. O Congresso acaba de deixar claro que não concordará com absurdos. Colocar um trilhão de Reais de imóveis à venda liquefará o mercado imobiliário, mais desemprego, mais incertezas, recessão para uma Economia já recessiva.
A Economia está totalmente desaparelhada. Infraestrutura se desmanchando, pontes se despedaçam, obras converteram-se em cemitério de um bocado de dinheiro público, as concessões são uma forma de terceirizar obrigações próprias e internacionalizar mais e mais a Economia, perdendo completamente o controle sobre ela, como, aliás, já ocorre. O atendimento das necessidades de manutenção e início de um programa de adequação da infraestrutura requer investimentos do tamanho de 4,5% (quatro e meio por cento) do PIB nos próximos 10 (dez) anos; para cobrir somente a depreciação da infraestrutura de transporte, logística, energia, telecomunicações e saneamento são necessários investimentos da ordem de 1,9% (um vírgula nove por cento) do PIB; em 2018 a aplicação não passou de 1,69% (um vírgula sessenta e nove por cento) —Fonte: Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base – ABDIB..
A Consequência é lógica: O estoque de infraestrutura, que já foi de 58,2% (cinquenta e oito vírgula dois por cento) do PIB em 1986, está em 35,98% (trinta e cinco vírgula noventa e oito por cento) —Fonte: Inter.B/Cláudio Frischtak. E do jeito que a situação está vai piorar, vai continuar caindo. Quem é louco o suficiente para investir numa Economia dessa?
Reforma da Previdência tal como proposta, eivada de casuísmos que nada têm a ver com a Economia em si, não vai adiantar nada para isso que está aí em cima. E sem atender correndo isso que está aí em cima, que se reflete diretamente no dia a dia da população, infelicitando-a, a Economia não somente vai continuar encrencada, vai, seguramente, entrar em colapso.
Parece estar sendo um tanto difícil a compreensão da “realidade real” do Brasil.
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