VIGILÂNCIA, SENHORES, VIGILÂNCIA!
Viver nem sempre é fácil para as pessoas de caráter firme, aquelas a viverem pelas suas convicções e valores forjados na liça da vida, que confere têmpera, com os olhos em seus deveres, que dão sentido e ordem à existência, na inteireza moral e ética, e não acorde convicções e valores emprestados ou que lhes hajam sido “inoculados” por interesses menores frequentemente impositivos e de largo espectro.
É nítida a sensação de que o Brasil acordou de uma letargia perversa que o saturou de todas as formas de violência; é patente a sinalização de que as nossas Instituições, renovadas, reassumiram o seu papel no cenário da República, negando-se a avalizar esquisitices a laborar em sentido contrário aos mais legítimos e sadios interesses dos seus representados.
Essa é a única compensação a que aspiram as pessoas de bem, além das compensações naturais do seu labor, o fruto do seu trabalho. A despeito dos fuzis agora colocados ao alcance de qualquer um, a facilitar e, mesmo, ampliar o que vem de ocorrer no Norte e ocorre com dolorosa frequência em todos os quadrantes do país.
É um recomeço, ligeira movimentação ainda não traduzida em fato, em passo na direção do novo Brasil que precisamos construir, sóbrio, educado e comedido, além de ético, moral e humano como a nossa Carta Constitucional, que em nenhum momento pode ser perdida de vista e a propósito da qual cabe indagar: A quem e a que interessa armar a população, e de forma tão pesada? Opor-se ao delinquente? Isso não é tarefa para o cidadão comum, que paga impostos escorchantes, mas para as Polícias, que apenas precisam ser valoradas, ter quadros compatíveis com as necessidades da Segurança Pública, serem adequadamente equipadas e decentemente pagas.
E enquanto isso eduque-se, eduque-se, eduque-se e eduque-se, o que não se faz cortando-se verbas para a Educação como vem ocorrendo; contingenciamento é mero circunlóquio. Para onde pende o risco quando, paralelamente a se empobrecerem recursos civilizatórios, colocam-se em mãos incertas armas pesadas? Vigilância, Senhores, vigilância! E rigor, muito rigor, o rigor da lei.
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