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PREVIDÊNCIA, ORÇAMENTO, CAPITALIZAÇÃO, A CONSPIRAÇÃO-Excertos...


REPUBLICAÇÃO—ARTIGO DE 03 DE JANEIRO DE 2018

A COISA CONSEGUE SER PIOR DO QUE SE IMAGINA (REVISTO)

(...)

(...). Os senhores metafísicos veem coisas onde ninguém consegue enxerga-las, parecem imprensados contra a parede. Esse tipo de reforma é coisa de médio e longo prazo, mexe com a vida de todo mundo. Ninguém fala em prensa nos grandes devedores da Previdência antes de reformas profundas. A alegação de déficit precisa ser explicitada demonstrando por meio de números auditáveis sua existência por segmento laboral, suas causas reais e sua exata dimensão. O panorama não é muito seguro, (...). E que fique bem claro, Previdência nada tem em essência a ver com a operatividade da Economia; (...). É consequência, não causa.

Qual a real posição dos grandes devedores da Previdência na reforma em curso? A quanto monta o seu débito, que percentual representa do déficit alegado e do déficit real? Qual o grau de risco de que tais débitos, ou boa parte deles, acabe na conta de quem contribui para fins previdenciários, apenas para fins previdenciários, e eles se saiam favorecidos? Parcelas dos fundos previdenciários são aplicadas em rubricas que lhe são estranhas? Em que montante, quanto isso representa? A pergunta a seguir não é minha, é de um especialista assentado em sólida formação jurídica — um outro dia o blog a reproduziu, entre outras, ao falar do assunto—, que de tão lógica, causa estupefação: Se a Previdência é deficitária, por que os trinta bilhões reservados para gastos eletivos? A prática, a experiência em administração econômica ensina que o Orçamento é peça-chave, um roteiro, um business-plan, mesmo para a Administração Pública; os negócios públicos são apontados no mundo profissional dos negócios como um de seus elementos. E se assim não fosse, para que Orçamento, ao qual nos remetemos pelo congelamento de verbas da Educação, que, a ser jogada no lixo, nada feito a mais se justificará, dado que se não se educar com carinho, e recursos, o país continuará sem futuro e cada vez pior. Estamos chegando ao limite neste quesito.

Antes da conclusão da reforma da Previdência todos esses pontos precisam ficar meridianamente claros. A situação é muito delicada e séria, (...). Os números têm muito mais força, por que tanta resistência à sua apresentação? Ninguém, em sã consciência, é contra a adequação da Previdência, com método, com os temperamentos que a natureza da matéria, que afeta essencialmente todos os habitantes do país, exige. Capitalização? É assunto para ser debatido à exaustão. Todo o cuidado é pouco para não transformar os trabalhadores, na hora da aposentadoria, em miseráveis. A capitalização, em seu modo corrente, só é boa para a instituição financeira; ela perde rotineiramente para a inflação. Até quando os juros e os preços ficarão nos patamares em que estão? Que se tenha em mente haver mais de um modo de capitalizar. Qual seria o modo, não o modelo, a ser adotado? Onde tal “avanço”, em igual nível cultural e social ao do Brasil, deu certo? Para os menos ou mal aquinhoados, que constituem, por aqui, a larga base da pirâmide, não para quem pode pagar uma Aposentadoria Complementar ou para os beneficiários da integralidade dos seus últimos ganhos mensais. Demonstre-se, de modo enxuto e claro. Quem está habituado ao trato com os números sabe que se faz o que se quer com eles, alinha-se uma série predeterminada, mostra-se a floresta, não se mostram as árvores, por trás das quais se podem esconder fantasmas ocasionais, ainda lá não colocados, mas que, propiciados, surgem, assim, digamos, naturalmente. É da nossa cultura, cansamos de ver isso por aqui.

As coisas não estão claras o bastante. Sem Educação, sem serviços de Saúde decentes e aposentadorias que mal darão para comer o que será da nossa gente do futuro?



A EVOLUÇÃO E O HOMEM

(…)

A evolução é implacavelmente seletiva; não logrando generalizar a qualidade, refuga classes, linhas inteiras, propiciando ao produto superior um novo começo desembaraçado de fatores degenerativos. Não aleatória, sequencial e lógica, obedece a um plano inteligente, esquadrinhando cada evento, avaliando alternativas, reprogramando-se; revelando-se inviável, o projeto é abortado. Dá-se, todavia, o fato desconcertante de subsistirem versões obsoletas de produtos quase plenamente desenvolvidos, como os ornitorrincos, ordem de monotremados que hoje parecem extravagâncias da natureza; põem ovos como répteis, mas amamentam os filhotes como mamíferos, têm pêlos e sangue quente, enquanto os répteis têm pele lisa e sangue frio. Chassis precário do sinapsídeo, parente chegado do mamífero ancestral, são verdadeiros fósseis vivos, meio de caminho entre o réptil e o mamífero; permaneceu por causa de inexplicável cochilo, imponderável a razão porque o severo controle de qualidade da evolução não o eliminou completamente, como faz de regra com os modelos superados, poupando apenas os ítens com aptidão para evoluírem na mesma família; não foi o caso do ornitorrinco, esgotado em si mesmo. Alternativas à parte, só num caso isolado foi feita uma adaptação; a julgar pelos resultados, não parece ter dado muito certo.

(…)

©Onair Nunes da Silva – Terra, A Substantivação da Vida/A Conspiração dos Medíocres

O UNIVERSO –A EVOLUÇÃO

No amanhecer da sétima e última eternidade, limite da Criação, os germens dos seres e das coisas fecundaram os óvulos da vida, abrindo caminho para os fenômenos físicos e inaugurando a Evolução.

O fascinante Universo nascido do parto da sétima eternidade seria, mais que um quebra-cabeças, um todo racional produzido por fenômenos específicos culminados numa explosão de força inimaginável seguida de explosões menores, uma cadeia orgânica regida por uma força inteligente alheia ao fortuito, refratária ao acidental, de vocação sistêmica, inclinada para a conjugação de antecedentes e consequentes. Eventos-causa, razões pretéritas, influenciariam, vinculando, causas e efeitos, não importando o quanto remoto fossem os eventos-causa, que correriam no leito do tempo, em fluxo contínuo, sem liames com a contemporaneidade.

A índole expansiva do Universo o arruinaria. O modo inflacionário do primeiro segundo

desdobrado para o modo permanente da ampliação gradual levaria, em sua maturidade, as galáxias a se espaçarem umas das outras a distâncias tão fantásticas que a força de repulsão consequente da troca de fótons pelos elétrons seria diretamente inversa ao aumento das distâncias entre elas, provocando redução na troca de grávitons e fazendo prevalecer a ação gravitacional da matéria escura.

(…)

©Onair Nunes da Silva – Emergindo do Caos/A Conspiração dos Medíocres

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