GOUTTE À GOUTTE...
GOUTTE À GOUTTE...
A QUALQUER HORA DESSAS EU EXPLICAREI AOS MEUS AMIGOS CHEGADOS A RAZÃO PORQUE USO MÁSCARA EM CASA, ESPECIALMENTE QUANDO — O QUE FAÇO COM MUITA PARCIMÔNIA — VEJO TELEVISÃO. NADA TEM A VER COM O VÍRUS. AO SENTAR-ME PARA ESCREVER ESTE POST O CHEIRO COMEÇOU, FORTE, TÓXICO COMO DE COSTUME, MUITO AGRESSIVO. COMO SEMPRE ACONTECE. TENHO UMA HISTORINHA PARA CONTAR QUE ENVOLVE UMA DORMIDA NO SOFÁ DO HALL DO EDIFÍCIO ONDE MORO, E SEUS DESDOBRAMENTOS, BASTANTE INTERESSANTE E ILUSTRATIVA.
E O PÁSSARO VOOU!
O nosso pássaro saiu do ninho. Esgalgado, elegante, não precisou em sua potência de mais do que “alguns metros” para arremeter no voo rápido, com a autoridade dos mestres do espaço. A sensação foi de alívio e de esperança, a realização em si um rasgo de independência, semente fértil de um espraiar tecnológico.
UMA DISTORCIDA VISÃO DE MUNDO
Todos são inimigos até prova em contrário. E a única prova em contrário possível é concordar inteiramente comigo, não me contradizer e agir no sentido de que eu
atinja os meus objetivos.
(Versão moderna da máxima paulina “Quem não está comigo está contra mim”)
A Grande Dama, a democracia, não concorda.
SUPREMA IRONIA
Reservas cambiais, ou internacionais, resultam de superavits no balanço de pagamentos e destinam-se a cobrir déficits nas contas internacionais. Brincar com elas levará a que a confiança, que já é quase nenhuma, desapareça por completo. E a ironia está em que essas reservas foram maciçamente acumuladas em governos, para mais não dizer, vilipendiados.
Observação en passant, com acentuado sabor de balão de ensaio e direito a claque de eleitos. Em que mundo uma montanha de dinheiro chamada 70 (setenta) bilhões de dólares não seria percebida em seu esfumar? E para “tapar” buracos sem fundo!
Em todos os países do mundo reservas cambiais são RESERVAS, no caso em tela formadas em combatidos governos parte da comunidade global de nações, membros de uma sociedade de Estados verdadeiramente democráticos na qual ninguém queria colonizar, nem explorar ninguém, nem dilapidar recursos nacionais naturais, fiscais e comerciais.
QUESTÃO DE VOTO?
Há, é claro, de se prestar assistência aos desamparados pelo vírus, mas de não se transformar o país em um Estado assistencial de miseráveis. O noticiário noturno de ontem contou-nos, 4 (quatro) milhões e 200 (duzentas) mil pessoas, na fase atual, vivem apenas dos 300 (trezentos) Reais oficiais, sem qualquer outra fonte de renda. 50 (cinquenta) Euros, para arredondar.
É preciso basicamente criar condições de trabalho para esses brasileiros, não humilha-los, mesmo com as limitações impostas pela pandemia.
ECOS PAULINOS
Anteontem não se pôde ver e ouvir o ex-presidente Fernando Henrique, um homem educado, culto e sempre oportuno. Na tarde/noite de domingo assistiu-se normalmente ao Planeta Terra, ao Repórter Eco, ao Matéria de Capa e ao Café Filosófico, tudo funcionando direitinho como nos dias anteriores. Na segunda-feira, ligada a televisão um pouquinho antes do Roda Viva, nada! O sinal da emissora não estava lá. E continuou ausente, pelo menos até ontem à noite. A Grande Dama foi novamente insultada.
UM VISLUMBRE DO NOSSO MELHOR PASSADO
Chama a atenção a grande quantidade de cursos de francês oferecida. Tem tudo a ver com o nosso idioma e com a nossa melhor cultura; amplamente falado quando éramos um país educado e de bom nível de civilidade, mesmo nos segmentos menos favorecidos, com toda a sua carga cultural e humanística.
Bora lá, sem formalismos ou frescuras, transformar o francês no segundo idioma do país, como era no nosso melhor passado, fala-lo no ônibus, no metrô, no catamarã, no estacionamento, no supermercado, em todo lugar por aí?
(O desajustado de plantão copiou trêfego o texto aqui neste ponto, o que significa haver quem queira manter as coisas como estão em todos os seus aspectos)
O pragmatismo importado que vem destruindo o país deu nisso; precisamos de inspiração civilizatória, não de vocações destrutivas.
Sem aspas ou itálicos:
Au nom de la civilisation, allons nous tous à faire un retour sur les temps quand nous eûmes un solide vector civilisateur. La civilisation remplace peu à peu l’état sauvage.
Vamos arranjar tempo para publicar regularmente em onairnunes.com dicas de francês para habituar os amigos ao idioma. Vocês gostarão da ideia, estou certo, e começarão a desenvolvê-la por si mesmos. E vou mais longe; procurarei uma ONG francesa para a francofonia com elementos para preparar-nos lições a partir do básico, a serem publicadas regularmente no blog acima mencionado.
Au revoir!